segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vizinhos insensíveis e depravados





Dr.Tchuco Grassinha ,me chamo Anastácia, tenho 67 anos e sou viúva.Moro com o meu totó de estimação chamado Floquinho, num confortável apartamento de térreo com um belo quintal destinado a área de lazer do totó e espaço para estender as roupas.
De uns tempos prá cá, um fato começou a me incomodar.O apartamento do andar em cima do meu foi ocupado a pouco tempo por um jovem casal (provavelmente casados a pouco tempo).Desde a chegada deles no prédio, o sossego acabou.Não consigo assistir as minhas novelas em paz.A tv tem sempre que ficar com o seu volume lá nas alturas durante todo o tempo em que eles fazem "coisinhas".Eu tenho um certo pudor em falar sobre isso, pois, sou muito envergonhada.Acho que o rapaz deve introduzir o pênis na vagina da esposa, só pode ! Ela vive gritando palavras desconexas, fica gemendo e socando a parede.Agora, eu e o Floquinho somos obrigados a ficar ouvindo essas indecências.Hoje em dia eu até evito levar visitas lá em casa por causa disso.Imagine os meus netos passando uma tarde em minha casa...
Já estraguei duas vassouras de tanto ficar batendo no teto para ver se eles se mancavam.A piaçava das duas ficou toda torta e se soltando.
Dr.Tchuco Grassinha, te juro que na minha idade ainda não havia presenciado coisa desse jeito.Dia desses estava eu deitada no sofá vendo a minha novela e de repente Floquinho pulou no sofá em cima de mim (como sempre faz) como uma camisinha por entre os dentes.A camisinha estava cheia de porra e suja de marrom.Quase vomitei ! Arranquei aquele nojo da boca do Floquinho e o levei até o banheiro.Peguei a minha escova de dentes, passei pasta e escovei os dentes do totó por três vezes.Cruzcredo !!!! Imagine se eu iria deixar o floquinho com aquela nojeira na boca.
O pior é que as camisinhas começaram a surgir no meu quintal rotineiramente.Como se não bastasse o barulho, agora teria que conviver com aquelas indecências espalhadas pelo meu quintal.Daqui a pouco iam começar a achar que aquilo era meu.No início ainda tinha paciência para varrer o quintal, depois, comecei a arremessar o artefato de volta pela janela do quarto dos pervertidos.Como não tenho muita força nos braços, algumas camisinhas não alcançavam a altura desejada e caíam novamente no meu quintal.Fui obrigada a manter o Floquinho preso na coleira para ele não comer as camisinhas sujas que continuavam sendo jogadas no quintal.
Dr.Tchuco Grassinha , já tenho tantas preocupações na vida e não tenho mais saúde para ficar passando por isso.Gostaria que o senhor me ajudasse a resolver esta questão.Desde já, muito obrigada.
Anastácia Codorna, vista Alegre/Rj por correspondência.
Amiga Anastácia, o seu caso é bem complexo.Imagino o quanto a senhora e seu totó Floquinho devem estar sofrendo.De acordo com o seu relato, achei necessário acionar uma "junta" dos Profissionais Associados.O Dr.Amintas Caldinho (nosso nutricionista) entrará em contato com a senhora para agendar uma visita em seu domicílio para coletar amostras dos preservativos para analisar se a tal substância marrom que a senhora diz predominar na base externa da camisinha, é cocô ou outra substância.Se o laudo confirmar se tratar de cocô é bem possível que as "coisinhas" que eles fazem no andar de cima, denomina-se "sexo anal" (espero que desvendando parte de sua curiosidade, a senhora possa se sentir um pouco melhor).Numa perícia mais apurada podemos também identificar se o cocô é dela ou dele.Não se assuste minha cara, nos tempos atuais tudo pode ser possível.
Apesar do fato desconfortável para a senhora e seu totó (que agora acabou trocando a liberdade por uma coleira), saiba que a senhora tem a lei a seu favor.A nossa advogada Dra.Creuza Aletria,consultou no código penal o artigo que proíbe o arremesso de camisinhas usadas por mais de 2 metros de distância da prática do ato que gerou o uso da dita cuja, sob pena de 9 meses a 4 anos de prestação de serviços comunitários.Se a camisinha estivesse limpa, tudo bem.Mas, suja de cocô caracteriza constrangimento com agravante pelo cheiro ruim.A senhora pode observar nos shows quando o público enche uma camisinha de ar e joga para o alto dando tapas de um lado para outro.Isso é permitido.
A senhora também pode acionar o condomínio reivindicando que o síndico fixe regras nas normas internas do condomínio em lugares de livre acesso onde todos possam observar.Regras que proíbam a prática do sexo anal.
Conversando também com o Dr.Pai Sandú Wanderlei, soube que a senhora também poderá prestar queixa na Suípa pelo fato de seu totó se privar do direito de ir e vir, passando o resto de seus dias preso numa coleira em virtude de atos irresponsáveis e insensíveis do seu casal de vizinhos.Saiba que, restringir o direito de ir e vir do totó, é uma das poucas coisas que dá cadeia nesse país.E por final, sugiro que a senhora também tente um acordo com seus vizinhos antes de qualquer atitude mais drástica.Marque uma reunião com eles, conversar e se entender é sempre importante.A senhora pode sugerir que eles interrompam o coito na hora H a ponto do ativo ter tempo de despejar toda a porra em um potinho de Yakute ou Danoninho (por exemplo).Depois, é só tomar banho que fica tudo novinho.Segundo o Dr.Heleno Vaz Caminha, isso pode ter um desfecho satisfatório.
Um sábio do século XVII um dia ssim falou:"Se os dentes que mastigam o biscoito protegessem a a fala descontida da língua frouxa e a libertasse nos momentos de sabedoria, o mundo seria bem melhor"
Pense nisso!
Nunca desista de seus ideais e seja forte! (para poder arremessar as camisinhas de volta para a janela do seu vizinho)

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