sexta-feira, 29 de julho de 2011

Gessé o "homem-gato" que se achava um gato


Dr.Santelmo Colombo me chamo Gessé, tenho 29 anos e me formei a pouco tempo em veterinário.Escrevo para o senhor porque tenho tido muitas dúvidas e tenho andado com a mente muito confusa.Não tenho dormido bem, não estou conseguindo me relacionar com as pessoas e minha vida tem sido um inferno.Toda essa confusão em minha cabeça, gira em torno da profissão que eu escolhi.A minha dúvida é: Será que eu escolhi a profissão certa?
Desde pequeno, sempre fui muito agarrado com gatos.Dormia com eles (não era eles que dormiam comigo não, eu é que dormia com eles).Eu forrava um paninho próximo ao cestinho onde eles dormiam e ali ficava a noite toda.Quando sentia fome, ficava com preguiça de levantar para pegar um pacote de biscoito na dispensa, e acabava comendo a ração que estava no potinho deles.Eu já estava se sentindo quase gato.Ainda mais quando saí na capa do jornal de bairros onde a notícia dizia: "Um gato e seus gatos".Essa notícia estimulou muito o meu lado gato sabe, aquela coisa de vaidade.Passei a catar todos os gatos da rua e levar para minha casa.Minha mãe já não tinha espaço para colocar os seus vasos de plantas.Jurei que seria veterinário quando crescesse para pode cuidar especificamente dos bichanos.Cumpri a promessa e hoje sou um veterinário de renome (apesar da minha pouca idade)
Até aí tudo bem !
Você deve estar se perguntando: "Qual é o seu problema então ?"
O problema é que os amigos dizem que a minha adoração por gatos está ficando doentia.Hoje em dia, só moro com a Francisca José (minha gatinha de pêlos brancos) e mais ninguém.Depois que minha noiva me deixou por causa da Francisca, nunca mais quis saber de mulher.Quando saio para trabalhar deixo o telefone no viva-voz para que a Francisca possa ficar ouvindo a minha voz e não se sentir tão solitária.Compro sempre lembrancinhas para dar a ela quando chego em casa.E não posso nem chegar perto de nenhuma mulher com o perfume forte, porque Francisca percebe e fica de bico.
Francisca até hoje não me deu filhos, mas, tudo tem sua hora.Só espero que ela não me troque por outro.
O que me deixa perturbado Dr.Santelmo Colombo é a dúvida, se estou fazendo a coisa certa, se devo escolher um bicho mais encorpado (tipo cachorro), se estou sendo anti-ético pelo fato de ser veterinário. Você acha que eu deveria mudar de profissão para esquecer esse mal que me tortura ?
Frequento um consultório onde recebo ajuda profissional, mas, não estou conseguindo me libertar disso.Por favor Dr.Santelmo Colombo me ajude a desembaraçar a cabeça.
Gessé Matias
Belford Roxo/Rj - por email
Gato Gessé, acho você uma pessoa super normal.A foto que você me enviou junto com sua cartinha demostra um semblante tão sereno.
Não há nada de errado com sua profissão, isso é coisa da sua cabeça.Se fosse assim, todos os urulogistas iriam adorar membros masculinos por estarem o dia todo segurando eles.
Há relatos de joens que foram criados no meio dos animais e acabaram adquirindo certos hábitos deles.Assim como a literatura infantil também cita "O menino Lobo".
Eu só acho que você deve tomar um certo cuidado ao se relacionar sexualmente com gatos.Pois, isso não é considerado uma coisa normal e nem um pouco elegante.Além do mais, você corre o risco de ir em cana.Sugiro que compre uma boneca inflável ou então cometa algum delito para ir em cana e se passar por noiva na cadeia.
Seja feliz com a Francisca José !
Vou lhe enviar um exemplar do livro "O uivo do ruivo e o grito do gato" - Um livro bem interessante que relata a pederastia entre um gato e um ruivo que se achava gatinho - de Sílvio Barnabé.

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